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18 de jun. de 2013

Muda Brasil:

É a primeira vez eu vejo uma manifestação em busca de direitos, de exigências no Brasil. Afinal, brasileiro não é feito de futebol, carnaval e música feita por onomatopeias (sem falar outros requisitos que o país é conhecido).
Pela primeira vez vi um povo, uma nação unida, que busca mais que respostas. As grandes manifestações não são por 20 centavos mesmo que, de fato, o aumento do preço da passagem de ônibus foi o estopim, e trouxe junto mais indignações, o ato de ir as ruas é muito mais do que isto. O descontentamento, o basta de tolerar tanta palhaçada, desordem e corrupção por todos os lados da moeda.
 A multidão tomou as ruas e essa força reflete no mundo inteiro, e isso é o começo. Para haver mudanças é preciso respeito. Não é tolerável a destruição de uma cidade, e a violência é o sinal de descontrole.
O que precisamos são as indignações, os gritos, manifestos, o apoio de uma população que esta farta de faltas, faltas provocadas por excessos.
Pela primeira vez vi um país preocupado, mobilizado para algo importante. Porque o que é investido fica, não importa se somos melhores em um jogo ou não, a educação vale mais que isso. Enquanto a minoria diz que a copa do mundo trará algo que beneficiara o Brasil, quem precisa de bons hospitais com recursos, e não tem condições financeiras de pagar um bom tratamento, vai onde? Em um estádio?
Aí os míseros 20 centavos fazem diferença, quando existe pobreza e miséria num país enorme que investe bilhões em algo que em um ano não será o centro das atenções, enquanto, a saúde em muitos estados é precária demais, não tem recursos, nem vagas, o que fazer?
Sem falar da educação, porque em pleno século XXI um país de inúmeras etnias ter um índice tão elevado de crianças que não são alfabetizadas e ainda trabalham, é absurdo. Isso não é um modelo de progresso.
A revolta dos brasileiros vem se acumulando há décadas. O país têm um dos impostos mais caros do mundo - e isso não justifica, afinal, a educação é patética, a saúde precária, o transporte caro e sem qualidade - e o que adianta investir em estádios?
Pela primeira vez o brasileiro parou de falar de futebol e não liga se vai ganhar ou não. O jogo agora é da população, dos estudantes, trabalhadores, aposentados. Pessoas de idade e experiência que viveram em tempos de guerra, ditadura, crise no governo hoje se manifestam também, mas pela paz, pelo basta, pelos investimentos corretos, sem roubalheira escancarada.
Tendo em vista, que brasileiro “não foge a luta”, a luta não será fácil, mas não precisa de confrontos, machucados, nem nada. Precisa de voz, e isso tem! Não estão falando de partidos, porque os partidos são feitos de pessoas, e a roubalheira sempre existiu não importa a cor da bandeira. Assim como os grandes nomes existem, a grande mídia também, e isso todo mundo ta vendo.
 Agora a voz do Brasil, é a voz do povo que quer mudanças e basta! Que busca o direito, a expressão e o poder. É esse Brasil que Renato Russo tanto queria, e assim como ele abriu os olhos há 17 anos, os brasileiros estão acordando hoje. Não importa se a melhoria tarda, ela vale a pena!
"Somos os filhos da revolução,somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação!"

25 de mai. de 2013

O que esperar de uma geração?

Estou falando de geração que significa "gerar", produzir descendentes, que pode ser distinguida por idades, ou estilos, por exemplo.
As gerações são importantes na sociedade porque elas diferenciam os interesses, corrompem questões tradicionais, inovam, transformam e marcam a época, assim são identificadas e complementadas.
Em pleno século XXI as pessoas ainda são incompreendidas, por mais que grandes nomes tenham facilitado muitas questões através da literatura, música e arte de maneira geral. O ponto é que a ignorância ainda existe, assim como o preconceito, sempre existiram - a incompreensão também.
Os valores estão sendo corrompidos, e isso não é algo produtivo. Conceitos quebrados e valores inexistentes na verdade. As poucas regras existentes sufocam as novas gerações ou não detêm nada o que acontece. A regra do oito ou oitenta. É um exagero de uma parte e um desinteresse de outro, resultando um país completamente desequilibrado perante importantes questões sociais.
Sendo assim, um jovem que não responde por seus atos igualmente a um adulto na justiça, faz o que bem entende e é julgado como imaturo, um delinquente por acidente. Isso não existe! Se o mesmo pode decidir o futuro de algo, não é uma opinião, é um voto único, mas significativo, assim, ele deve responder pelos seus atos mesmo que insignificantes para algumas pessoas. Por exemplo, se ele quebra algo, ele não paga? Não, porque ele não tem renda, então o responsável responde por isso, ele paga. Mas isso não acontece quando envolve questões sérias, como pessoas e suas vidas.
Isso é um abismo de gerações. Observando a geração de 1922, por exemplo, o que se tem é uma bagagem cultural, corrompem várias questões, modificam a escrita de certa forma, influenciam outras gerações. Atualmente as gerações novas estão um desastre, uma decadência, sem condições e expectativas de melhora. Algumas que se salvam, procuram essa compreensão através das antigas. Não é um exagero. Analisando a música de forma concreta, o que se ouve é cada vez mais antigo anos 60-90. Não digo que não existe música boa do século, mas infelizmente não existe algo bom da década. Poucas bandas ou estilos que resistiram as gerações e continuam ou algumas que se mantêm através de influências, mas não é o bastante. Sempre procurei as músicas que meus tios, pais ou amigos mais velhos ouviam quando eram mais jovens, e agora penso que quando ficar bem velha vou ouvir as mesmas músicas, porque o que escuto realmente não é mais novo do que a minha irmã.

Direcionando o foco para as últimas novidades do momento, as músicas mais tocadas piora tudo.
É realmente frustrante, chega a ser um desrespeito. É uma ridicularização sem fim. E depois de meias palavras, espero que você não faça o quadradinho de oito e não concorde com a tal ato. Não tenho nada a favor, tenho vergonha do que o Brasil hoje demonstra perto do que já foi.
A tarja no rosto é proposital, porque é a falta de muita coisa.