Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes

Não sei o quanto a felicidade influência nisso, mas o amor torna-se controlável e imediato, talvez pelo fato de amar demais como sugere o soneto.
Um bom autor não fala, sugere. Não diz o que sente, não explica, mas confunde. Não define, vive. Não se arrepende, ou morre ou fica feliz. Não tem escolha.
Dizem que todos nós somos capazes, não duvido, mas não é seguido a risca porque as pessoas se subestimam. Acredito até, o tanto quanto cada uma dessas pessoas são felizes.
Sabe que comecei a acreditar nos seus ideias, por isso dizem que almas gêmeas existem, pois elas são diferentes e se completam (não gosto da teoria das laranjas, porque nenhum - digo, jamais, nunca - nenhum ser humano será igual).
As pessoas felizes não são aquelas que demonstram tal, são as que aproveitam as coisas pequenas, e imensas, como o amor.
Eu sei que isso é inevitável (mas eu verdadeiramente não gosto de me contradizer), admito que voltei atrás do que já tinha afirmado, tanto que a amizade não existem, ou que o amor e o mundo são hipócritas diante do ser.
Hoje enquanto caminhava pela rua solitária e certamente vazia, percebi mais uma vez que o mundo pode se transformar em muitos, em um olhar, um segundo.
Não precisamos de brigas, precisamos de amor. Não queremos discussões, queremos ideias. Como diz a filosofa: "no momento, temos mais o que unir do que dividir, meus caros irmãos".
Eu não explico, eu não idealizo, eu critico e vejo; como todos, invariavelmente como todos, com outros olhos.
Depois que inventaram essa nova moda, ou nova tendência das pessoas serem como a mídia quer, o mundo não é o mesmo. Não me digam que isso é "caretice" ou "preconceito" (um pré-conceito), porque não é.
Digam se os valores são os mesmos? O respeito, a educação, as crianças?
Ou analisem o simples amor do ser humano - aí me digam, se a felicidade não mudou também.
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