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3 de mar. de 2011

Circunstância da vida:

Eu era alguém que tinha que fazer aquilo que esperavam de mim. Não importava. A situação se tornará realidade perante a situação.
Até o dia que eu abri os meus lindos olhos castanhos, levantei mais cedo, e percebi que poderia ser quem eu quisesse ser, embora seria eu mesma. Da maneira que eu achava que deveria ser, corretamente ou não, e sem pretextos para voltar atrás.
Naquele dia eu meu arrumei pra vida, coloquei a minha corrente legal, arrumei o cabelo, e não tomei café.
Parei de ouvir as músicas melosas, ouvi o que a minha alma precisava.
Eu caminhei pela rua, como todos os dias, mas desta vez saí do normal, do obvio, da rotina - e encontrei pessoas vazias e tristes, sozinhas. Eu vi a sombra e a dor. Naquele dia descobri que não existia amor. Percebi mais uma vez que não se vive sem paz e sem felicidade, e que não adianta ficar a procura dela. Que as coisas nunca cairão do céu, e que se as pessoas pudessem comiam o dinheiro e que no entanto nada nunca dura para sempre.
Naquele dia eu vi, o como é bom comer chocolate e rir de bobagens. Até que o infinito não é eterno. Que a paz não é plena. Que a dor é sustentação. E que as pessoas complicam o mundo.
Naqueles instantes, que o olhar das pessoas penetravam o meu, descobri que a vida vale muito mesmo. E que a circunstância de morrer não significa sumir, nem ser esquecido.

3 comentários:

  1. Oi Júlia! Fico muito agradecido e contente com tuas belas palavras! Grande abraço!

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  2. Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog "o fim". Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs



    Narroterapia:

    Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.


    Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.


    Abraços

    http://narroterapia.blogspot.com/

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  3. Bom Fabrício, é sempre bom receber visitas de outros blogueiros.
    Será um prazer receber sua opinião;

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